I ENCONTRO CURRÍCULO NO ENSINO MÉDIO E JUVENTUDES

Questões para o diálogo com os colegas professores no fórum  

  1. Professores e seus jovens estudantes enfrentam problemas de comunicação. São valores em conflito, diferentes formas de enxergar o mundo, a autoridade a relação com o conhecimento etc. Em grande medida, a própria indisciplina e desinteresse de alguns jovens estariam relacionadas com este campo de comunicação mal resolvido. O que você acha disso? Reconhece a existência de problemas na comunicação entre professores e estudantes ou este não seria um verdadeiro problema?

  1.  Muito se fala de “crise da escola” ou de diminuição do poder da instituição escolar no processo de socialização dos jovens. A escola “concorre” com outras fontes de informação, conhecimento e socialização e isso teria como consequência a relativização de sua importância na vida dos jovens. O que pensa disso? Os professores estariam perdendo a autoridade neste processo? Ou a própria noção de autoridade mudou nos dias de hoje?

  1. “A escola deve ser capaz de ensinar tudo a todos. O ensino deve ser homogêneo com um único método para ensinar”. Esta é uma formulação de  Comenius, autor da Didática Magna, séc. XVI, e que inspirou a constituição das escolas públicas que conhecemos hoje. A própria “invenção” do uniforme teria o caráter de dar uniformidade aos alunos.  Liberdade, igualdade, universalidade e, por fim, autonomia de juízo de cada cidadão, fundada na instrução laica. Esses são princípios republicanos da escola pública e não confessional.  Se por um lado esses são princípios importantes para garantir que não existam privilégios na socialização dos conhecimentos escolares, por outro lado, como pensar a escola somente como um espaço de uniformidade com tanta diversidade social e cultural de sujeitos no interior da instituição?

  1. Os jovens trazem para dentro da escola as marcas de suas identidades culturais e territoriais, referencias musicais e esportivas, por exemplo. Em grande medida ocorrem choques entres símbolos, valores e estilos de vida adotados pelos jovens e os valores e regras escolares. O uso do boné, em geral com os meninos, e acessórios de moda para as meninas, são fonte de conflitos em muitas situações. Como é isso em sua escola?

  1. Considerando que os jovens também possuem experiências de vida, de cultura, de trabalho, de navegações na internet etc para além de suas condições de alunos ou estudantes, seria possível pensar numa organização curricular que incorporasse esses seus saberes e experiências? Isso seria desejável? Como poderia se feito?

  1. Os jovens do Ensino Médio encontram-se num momento crucial de suas vidas. É tempo de fazer escolhas pessoais e também profissionais. A escola pode desempenhar um papel significativo para as escolhas e a construção de projetos de vida, trabalho e continuidade dos estudos. Em muitas ocasiões ouvimos dos jovens que suas escolas e professores não os têm ajudado a traçar planos para o futuro. As condições de escolha do curso superior ou mesmo a preparação técnico-profissional para o ingresso imediato no mundo do trabalho nem sempre possui na escola a sua base de apoio. O que pensa sobre isso? Professor, em sua prática docente e também no projeto político pedagógico de sua escola, há a preocupação de orientar ou apoiar os jovens estudantes para a vida futura?

Comentários

  1. Ana Suely
    6-O Planejamento e as avaliações são momentos ricos para reflexão sobre nossas práticas, e etapas fundamentais para uma boa gestão. Em sua escola, os planejamentos das atividades pedagógicas são coletivos? Como são feitos os planejamentos de reuniões, festas, e eventos na escola? Como são feitas as avaliações destas atividades? Como você planeja as suas aulas? Você já teve alguma experiência de planejamento com seus alunos?

    Os planejamentos são coletivos, obedecendo a carga horária de cada professor.
    Para as decisões de festas, reuniões e eventos na escola, o diretor quase sempre pede a opinião dos coordenadores e professores.
    Faço um pré-planejamento das minhas aulas em casa e, quando chega o dia de planejar coletivamente, fazemos apenas alguns reajustes.
    O planejamento com os meus alunos só acontece quando temos que tomar decisões mais urgentes.
    A avaliação das atividades são feitas através de trabalhos individuais e/ou coletivos, seminários, produção de projetos e avaliação escrita mensal.

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  2. (Lauriza.) Você já atuou em algum cargo de gestão? Se sim, quais aprendizados você desenvolveu? Você concorda que o professor é um gestor dos processos de produção de conhecimentos? Em caso positivo, quais são as habilidades, competências e responsabilidades requeridas para esse papel?

    Sim e estou como coordenadora atualmente.Durante esse tempo aprendi muito, a ouvir, dialogar, argumentar, ponderar em algumas situações que as vezes tendem a fugir do controle e posso dizer qué desgastante. O trabalho de um gestor é arduo e bastante cobrado, apesar de muitos pensarem o contrário, pois o mesmo é o orientador das ações desenvolvidas dentro da instuição, além de orientar é tarefa do mesmo ser o lider do grupo e monitor dos resultados das ações planejadas e executadas. Para que isso ocorra de forma satisfatório é necessário contar com a colaboração de todos que fazem a escola, ou seja ter um poder de conquista enorme. Na sala de aula o gestor maior é o professor é ele que faz com que o aprendizado realmente aconteça e para isso ele precisa ter características semelhantes a do gestor maior, ser lider, está motivado sempre, transmitir segurança, vontade de transformar a realidade vivenciada que muitas vezes é desestimulante, ser dinâmico , criativo e sobretudo amar o que faz, pois educar não é ensinar formulas ou conteúdos gramaticas e prepar para enfrentar a vida, que a cada dia exige mais .

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  3. Marcos Pedro. c- Que tipos de estratégias podem ajudar a romper o isolamento histórico entre as áreas do conhecimento e disciplinas no currículo?
    R- Isso tudo pode ser resolvido com apenas uma palavra, porém uma palavra que didaticamente tem um peso fundamental no processo de ensino, pois rompe as barreiras da abstração e transforma o ensino, tornado-o SIGNIFICATIVO, pois o aluno pode manipular e descobrir no meio aquilo que ver nos livros. Estou falando da CONTEXTUALIZAÇÃO.

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